Presidente Kennedy: prefeito e mais 27 são presos
Reginaldo, que comandaria fraude, está no presídio de Viana. Seis secretários são acusados de direcionar licitações. Contratos sob suspeita no município somam R$ 55 milhões
19/04/2012 - 23h37 - Atualizado em 19/04/2012 - 23h37
A Gazeta
Mariana Montenegrommontenegro@redegazeta.com.br
Uma devassa no município de Presidente Kennedy levou ontem à prisão o prefeito da cidade, Reginaldo Quinta (PTB), seis secretários, o procurador-geral do município, empresários e servidores públicos. Os 28 presos na Operação Lee Oswald, deflagrada pela Polícia Federal, fazem parte de uma quadrilha criminosa responsável por fraudes em licitações, superfaturamento e desvio de verbas.
Segundo investigações da PF e Controladoria-Geral da União, após denúncia do Ministério Público Estadual (MPES), o prefeito é o líder da organização desmembrada no município campeão estadual na arrecadação de royalties de petróleo, mas que amargura a 74ª no índice de desenvolvimento humano (IDH). Quatro vereadores também fariam parte do esquema e foram afastados.
foto: Gabriel Lordêllo
O prefeito Reginaldo Quinta tentou se esconder das imagens
Entre os presos estão secretários e empresários de Kennedy
Cerca de 230 policiais cumpriam 58 mandatos de busca e apreensão. Além de documentos, foram recolhidos R$ 247 mil em espécie, sendo R$ 20 mil na casa do prefeito. R$ 55 milhões em contratos estão sob suspeita.
Com prisão preventiva decretada – sem prazo para soltura –, Reginaldo prestou depoimento na Superintendência da Polícia Federal e seguiu para o presídio de Viana. Também estão presos preventivamente o procurador Constâncio Borges Brandão, os secretários Geovana Quinta Costalonga, Juliana Bahiense Fontão Cruz, Flávio Jordão da Silva e Márcio Roberto Alves da Silva, além do pregoeiro Jovane Cabral da Costa e empresários.
Já os secretários Alexandre Pinheiro Bastos e Maria Andressa Fonseca Silva estão presos temporariamente, por cinco dias. Segundo consta na decisão, as prisões foram necessárias porque os envolvidos já vinham destruindo provas.
Na decisão do desembargador Pedro Valls Feu Rosa consta que o grupo criminoso buscava se apropriar ilicitamente dos recursos. "Os recursos são na verdade utilizados para satisfazer a ganância e a volúpia de um reduzido grupo". O nome da operação foi inspirado no suposto responsável pelo assassinato do presidente John Kennedy.
foto: Arte A Gazeta
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