segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Macau - Eleição 2012

PDT realiza convenção


PDT realiza convenção e apresenta seu pré-candidato a prefeito.
Foto: NazarenoFélix/Pós-produção JorgeFotos

O PDT/Partido Democrático Trabalhista de Macau realizou neste sábado 28/01, no distrito de Tambaú, na residência de João Bosco Tomaz (Bosquinho da Receita), sua Convenção Municipal, anunciando os nomes dos membros do seu Diretório Municipal. Num ambiente agradável, com a participação de muitos simpatizantes, além de convidados e representantes de partidos da oposição de Macau, o PDT apresentou oficialmente o nome de Bosquinho como pré-candidato a prefeito nas eleições de outubro.

Carlos Mendonça , presidente do PT de Macau, saudou os companheiros do PDT de Macau, ressaltando que  a Oposição  em Macau caminha para a concretização de uma frente para as mudanças política-administrativas tão necessárias para Macau.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Transparência?

Carnaval de Macau 2012
Proposta do MP para a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta é rechaçada pelo prefeito de Macau
Drª Isabel Siqueira, Drª Raquel Fernandes e o prefeito de Macau.
O Ministério Público de Macau realizou nesta quarta-feira 25, na Câmara Municipal, uma audiência pública para discutir a realização do carnaval de 2012. Na pauta, a segurança, crianças e adolescentes, segurança, ocupação do espaço público, camarotes e contratação de bandas.
O MP estava representado pela Drª. Isabel Siqueira, Promotora de Justiça Titular da Comarca de Macau, e Drª. Raquel Fernandes. Presentes o prefeito Flávio Veras, o presidente da Fundação Municipal de Cultura, os vereadores Zé Filho (DEM) e Newton Costa (DEM), o delegado da Polícia Civil e o representante da Polícia Militar, além de diversos segmentos da comunidade macauense.
Sintomaticamente, uma das ausências mais notadas foi justamente os representantes de músicos locais que no período de carnaval formam bandas para trabalharem no reinado de Momo.
Drª Isabel Siqueira coordenou a audiência e relembrou os problemas ocorridos no carnaval de 2011, ressaltando que o motivo da realização desta audiência foi justamente para discutir as questões em tempo hábil para que a administração evitasse em 2012 os mesmos problemas de 2011, principalmente na questão da licitação e contratação de bandas.
 “A minha intervenção, nesse momento, é mais em relação à contratação das bandas. Porque nós entendemos que as bandas não podem ser contratadas por inelegibilidade ou através de uma carta de exclusividade com um empresário. Também nós entendemos que as contratações do palco e do som devem ser feitas em licitações separadas.”, afirmou Drª Isabel Siqueira.
Drª Raquel Fernandes afirmou que “a preocupação, inicialmente, estava voltada principalmente para a contratação das bandas. Nós entendemos que a contratação das bandas, da forma como vem acontecendo, não está de acordo com a lei de Licitações.”, completou a representante do Ministério Público.
“Queremos tranqüilizar a população com respeito à legalidade de como nós iremos conduzir as contratações das bandas. Vamos atender rigorosamente o que está em lei.”, disse Flávio Veras, em resposta às preocupações do Ministério Público com a lisura do processo de licitação e contratação.
Durante toda a sua administração, esta tem sido a frase mais usada pelo prefeito quando questionado sobre o uso dos recursos públicos.
Porém, quando foi apresentada a proposta para as autoridades presentes assinarem o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta, a partir das deliberações da audiência, o prefeito de Macau prontamente se negou a assinar o documento. Por oportuno, o prefeito já assinou um TAC comprometendo-se a realizar o concurso para preenchimento de vagas na secretaria da Saúde municipal no ano de 2009. Não cumpriu; negou-se, também, a assinar o TAC que trataria do concurso na educação, da mesma forma que se negou a assinar o de hoje.
O folião macauense e o folião visitante esperam que o Carnaval de Macau atenda às expectativas, no aspecto de diversão. O Ministério Público conta com o cumprimento da lei.
O prefeito conta com os pareceres da sua assessoria jurídica...

Isto é PT no governo

A revolução silenciosa de Lula contra a pirâmide do faraó FHC

Será que precisa desenhar?


Tem horas que vale o ditado: uma imagem vale mais do que mil palavras.

Mas é irresistível escrever que:


- houve uma revolução silenciosa no governo Lula.


- a pirâmide de faraó de FHC virou o losango da bandeira nacional de Lula.


- Dilma ainda tem que passar a ponta do losango de baixo para meio de cima, "malhando" o losango até ele ficar cada vez mais parecido com um retângulo achatado.


- Será que partidos como o Psol, que saíram da costela do PT, não deveriam rever sua forma de fazer oposição para algo mais propositivo? Pois não é justo que aqueles brasileiros mais pobres de 2005 tivessem que ficar 20 anos à espera do discurso do Psol chegar ao poder para chegarem na classe C. 


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Isto é PT no governo

Brasileiro otimista é uma pá de cal nas teorias da oposição
Publicado em 19-Jan-2012
Não é a toa. Depois da queda da inflação – até os analistas de plantão a estimam hoje em 5,31% -, de um superávit comercial de quase US$ 30 bi, do investimento estrangeiro direto próximo dos US$ 65 bi/ano, da desvalorização do real, da queda dos juros, da retomada do crescimento da indústria, do funcionamento normal dos aeroportos no final do ano, das obras da Copa em dia, o otimismo reina entre os brasileiros
Pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência a duas mãos com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN) comprovou que 74% dos brasileiros consultados acreditam que este ano será melhor que 2011. A prosperidade é outra crença de 60% dos entrevistados. É quase o dobro da média mundial obtida de 32%.
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Confira a íntegra do relatório

Nunca se viu tamanho otimismo por aqui. É um recorde que superou outros dois: o de 2010, quando 71% da população estava otimista; e o de 2011, quando o percentual foi de 73%. A sondagem mostra que 76% dos brasileiros declararam estar satisfeitos com suas vidas hoje, patamar acima da média global, de 53%. Tanta confiança e felicidade equivalem a uma pá de cal na versão histérica que a oposição e a grande mídia insistem em propagar sobre o estado de espírito do brasileiro.

Já, em São Paulo...

A pesquisa feita entre os brasileiros contrasta com outra, do mesmo IBOPE, a respeito da percepção dos paulistanos sobre sua cidade. Encomendada pela Rede Nossa São Paulo, ela revela que 56% dos entrevistados afirmaram que, se pudessem, mudariam de cidade. Este índice traz 4 pontos percentuais a mais do que o apurado no ano passado. Segundo o levantamento, o que mais incomoda os moradores da capital paulista são a desigualdade social, falta de acessibilidade para pessoas com deficiência e falta de transparência e participação política.

A sensação de insegurança está maior para 35% dos que foram ouvidos - o índice era de 24% apenas um ano antes. Faz sentido: 69% dos moradores da cidade apontaram “assalto/roubo” como seus principais medos.
 
A administração da cidade só foi citada como a que mais contribuiu para a melhoria da sua qualidade de vida por 7% dos paulistanos. O índice já foi de 12% em 2008. Quem ficou bem na foto foi o governo federal, apontado por 15% dos moradores paulistanos como o que mais colaborou para o seu progresso. "As pessoas têm mais renda, mais emprego, e veem isso como ação do governo federal", afirma o secretário-executivo da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew.
Fonte: http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=view&&id=14266&Itemid=2

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Piso Salarial

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


Lei garante que 33% da jornada dos professores sejam utilizados para atividades extraclasse

O juiz da 3.ª Vara da Fazenda determinou nesta quarta-feira, 18, que a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo cumpra em 72 horas a liminar concedida ao Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), em novembro, exigindo que o governo aplique a jornada da Lei do Piso (Lei 11738/2008).
A lei garante que 33% da jornada sejam utilizados para atividades como correção de provas, preparação de aulas, formação profissional e outras atividades. A partir de agora, não cabe mais recurso por parte do governo.

Que a justiça faça a lei prevalecer em Macau mostrando que Flávio Ditador Veras não está acima da lei.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Sucessão na terra das salinas

Ah, mas estão verdes!
A raposa e as uvas ou como e porque não se quer admitir que haja uma Oposição à administração do atual gestor executivo na cidade de Macau

Faminta e sedenta, a raposa adentrou um parreiral, e imediatamente o instinto fez suas pupilas dilatarem-se, denunciando a sua fome.  E se apressou para chegar perto dos cachos apetitosos, dos bagos fresquinhos e suculentos que balançavam quase perto do seu alcance. Quase...

Solitária, sedenta, faminta, olhos esbugalhados ante o que via à sua frente, a pequena raposa, num impulso, deu um salto para alcançar o cacho de uvas; fracassou na primeira tentativa. Sua pequenina estatura talvez explique o fracasso... Olhou em volta, imaginando algo ou alguém que pudesse lhe "dar a mão", para que pudesse saciar suas insaciáveis sede e fome. Nada nem ninguém...

A pequena raposa olhava, misto de admiração e quase súplica, para os suculentos cachos de uva que pareciam estar tão perto (a raposa é um dos animais que tem a visão menos aguçada entre os canídeos, como se fosse míope). Tendo fracassado na primeira tentativa, achou que não poderia desistir, para que os outros animais não tomassem conhecimento do seu fracasso, e passasse ela a ser motivo de chacota no reino animal.

A fome e a sede do pequeno canídeo aumentavam; sentia já o anúncio em seu corpo a cada novo movimento que fazia, rondando o caule da videira. Mas não deixaria de tentar. E tentou mais umas cinco, seis, sete vezes. Fracassou em todas elas...

O sol estava já anunciando a sua retirada, embora uma nesga de luz ainda permitisse aos olhinhos miúdos do pequeno animal uma visão dos apetitosos cachos de uvas agora desfocados pela miopia natural e pela ausência de luz.

O instinto de sobrevivência, em todos os seres vivos, não permite que o organismo desista assim tão facilmente... E a pequena raposa tentou ainda mais, e mais, e mais. As infrutíferas tentativas começaram a esmorecer, e o instinto a apontar que deveria buscar outra coisa para saciar sua fome, sua insaciável fome... Deveria haver em algum lugar alguma coisa, ao menos para mitigar esta fome que não passa jamais...

A desistência estava já na ponta da língua da raposa... E ela viu que não tinha, pela sua pequena estatura, como alcanaçar o seu objetivo... Se ao menos o seu pai estivesse por perto, e também tivesse forças...

A luz estava desaparecendo, e agora aquelas suculentas uvas estavam ficando mais e mais distantes... Ante a total possibilidade de alcançá-las, a raposa, também por instinto, recolheu-se, afastando-se da videira, recuando de costas enquanto ainda mirava, sorrateira agora, como são todas as raposas, afastando-se...Tivera a ilusão de que lograria algum êxito...

Entretanto, ao bater em furtiva retirada, um barulho faz com que ela se voltasse, e corresse rapidamente em direção à videira... Imaginou ser um cacho que tivesse se desprendido...Era apenas um galho seco que havia caído.

E seu último pensamento, numa espécie de esgar, autocomiseração e - característica humana - despeita, falou: É, eu não queria mesmo estas uvas; estão verdes...

Um coelho, escondido em sua toca, bem perto da videira, ao ver a raposa se afastando, murmurou: aqueles que são incapazes de atingir uma meta tendem a depreciá-la, para diminuir o peso de seu insucesso.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Sucessão municipal

Macau - Oposição fortalecendo a luta
Na Terra de Deus, PT, PDT, PTB, PT do B, PSD, PTN, PRB, PMN aprovam formação de uma frente única na disputa pela majoritária em 2012.


Oposição macauense - Consenso é a tônica para a disputa da eleição de outubro.

Partidos unidos: oposição fortalecida para a disputa
Terra de Deus. Este é o nome da localidade, próxima a Cohab, que recebeu na manhã deste sábado oito partidos políticos macauenses com o objetivo de unir e fortalecer a oposição para as eleições municipais de outubro.

O anfitrião Rômulo Paulista(PTB) recebeu o presidente do PT de Macau Carlos Mendonça, os ex-vereadores Hailton Marques(PDT), Ari Marcus(PT do B), Arapuá(PRB), ex-prefeito Afonso Lemos(PSD), e Carlinhos(PTN) e Edival da Lanchonete(PMN).

A pauta da reunião centrou-se na aglutinação de todas os partidos para formar uma oposição, nos moldes do que aconteceu em 1992, para enfrentar o candidato da situação em outubro. 

Na ocasião, os líderes de partidos apresentaram os nomes dos pré-candidatos ao cargo majoritário Dr. Wilson Roberto (PT),  Bosco Tomaz (PDT), Ari Marcus (PT do B), Rômulo Paulista(PTB) e Edival da Lanchonete (PMN).

Além da participação dos oito partidos, outro destaque da reunião foi o consenso dos líderes partidários ao ressaltarem que a oposição terá um único nome para a disputa contra o candidato da situação, O grupo também aprovou a participação na reunião que acontecerá no próximo dia 21/01 em Barreiras.

Imagens: Jorge Fotos

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Macau 2012

Macau quer a mudança – A Oposição se consolida

A Filosofia diz que apenas uma coisa é eterna: a mudança. Na noite desta quinta-feira 12 de janeiro de 2012, esta máxima se confirma e vai ao encontro dos anseios do povo de Macau, e se consolida na disposição mostrada em Moinho de Juá na reunião do bloco suprapartidário oposicionista de Macau.

PT, PSB, PDT, PV, PPS, PT do B, PSDB, PSDC, PPS, PMN e DEM reuniram-se para deliberar sobre a formação de uma ampla frente suprapartidária com o objetivo de assumir os destinos administrativos do município a partir de 2013. As discussões apresentaram um pensamento que hoje é o pensamento de toda a população macauense: a necessária mudança e o pensamento de uma administração realmente voltada para os interesses comuns do macauense.

A Coordenação da oposição macauense, diante do entendimento inicial dos representantes oficiais dos partidos presentes, já tem agendado para o próximo dia 19 de janeiro o próximo encontro.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Competência

Francinete Melo é a nova presidenta do Conselho Estadual de Saúde-RN
Francinete Melo, presidenta do CES-RN - Competência e reconhecimento. Foto: NazarenoFélix

Macauense, militante da PJMP e do Partido dos Trabalhadores de Macau, professora aposentada, Francinete Melo assumiu nesta terça-feira 10 o comando do Conselho Estadual de Saúde-RN. Em cerimônia prestigiada por diversos sindicatos norte-riograndense e pela representação estadual da OAB, a macauense tomou posse para um período de 60 dias, prazo determinado para a preparação da eleição para o triênio 2012/2014.

De reconhecida competência, a escolha da companheira se deu por aclamção. Com uma história de luta, em sala de aula, nas comunidades da Igreja Católica e na área da saúde - representa, no conselho o segmento do usuário -, Francinete disse sentir-se ao mesmo tempo surpresa e gratificada pela confiança que os seus pares tem no seu trabalho. Emocionada, a nova presidenta do CES-RN disse que espera contribuir com o controle social na área de Saúde do RN.





sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Eleições Municipais 2012


Macau 2013 – Oposição cerra fileiras
Moinho de Juá, 06/01/2012
Zé Filho, Odete Lopes. Aluízio Farias, Zé Antônio, Bosco Afonso. Dr. Eduardo e Kidinho. Oposião reedita 1986.
A sexta-feira de Reis pode se tornar emblemática para a cidade de Macau no que diz respeito aos destinos da administração do município a partir de 2013. Reunidos em Moinho do Juá, Aluízio Farias (PSB), vice-prefeito, Odete Lopes Zé filho, vereadores, ambos do DEM, o médico e ex-prefeito José Antônio Menezes, Bosco Afonso (PV), Eduardo Lemos (PSB) e Kidinho, ex-prefeito, deram início aos acertos finais para um acordo entre os diversos partidos de oposição à administração do prefeito Flávio Veras.

Desde o ano passado que este quadro vinha se desenhando. Os últimos passos para a reunião de hoje foi o rompimento do PSB com o PMDB e a saída do vereador Zé Filho que, embora pertencente ao DEM, até a semana passada fazia parte do grupo de sustentação política do prefeito.

Doravante, tudo que se venha a dizer, até o registro da chapa de oposição no TRE, será apenas exercícios de futurologia. O que resta, com a decisão dos partidos de oposição hoje são previsões de como se comportará a situação, que torcia desesperadamente e não contava com este fato. Pela forma como a situação se comportava, acredita-se que esperava a dissensão entre os oposicionistas, inclusive com reiteradas conversas – além da produção dos costumeiros boatos - do prefeito com o vereador Zé Filho e com a tentativa de fazer com que o médico Eduardo Lemos se mantivesse na situação.

Dentro desse contexto, pesa contra a situação o desgaste do prefeito Flávio Veras em virtude de uma administração centralizada, marcada por promessas não cumpridas, e pela forma como tem tratado seus aliados políticos, principalmente a bancada que lhe dá sustenção na Câmara de Vereadores, num jogo de dúvidas que pode vir até cqusar maiores estragos futuros no que diz a eleição do seu sucessor.

Segundo a vereadora Odete Lopes, “hoje Macau resolveu unir-se contra a falta de políticas públicas voltadas para o seu desenvolvimento, para o atendimento dos seus cidadãos”.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Macau 2020 - Saúde não é curativo

Macau 2020
O caos premeditado na Saúde
A Clínica da Saúde e o Posto de Saúde do Centro oferecem
apenas curativo até o fim do recesso.


Na Clínica da Família só tem curativo. No Posto do Centro nem curativo. Em ambas, não tem médico.
Um dos mais graves problemas para um administrador público é a perda da confiança por parte da população em suas palavras, e atos. Prometer e não cumprir é uma condenação definitiva – como o fogo de monturo – que, vai solapando pacientemente as novas promessas.

Quando a tentativa de reparar o erro das promessas antigas denota “sabiduria” do gestor, a população, calejada por anos e anos de propagandas enganosas e promessas mirabolantes, ao receber as novas e avexadas promessas diz aos seus botões, parafraseando a canção que "não adianta nem tentar nos convencer/ouvi esta história há sete anos de você", que não acredita mais em promessas. O cartaz acima é uma prova.

Inicia-se, nesse momento, o ostracismo. E o ostracismo é uma espécie de doença que além de avançar sobre o agente que prometeu e não cumpriu, arrasta para o esquecimento e para a rejeição todos os que lhe rendem aplausos e subserviência.

O cartaz acima é o exemplo maior. O último secretário da Saúde de Macau foi defenestrado do cargo por suposta malversação dos recursos da secretaria. Não se sabe até onde as denúncias eram verdadeiras, mas sabe-se que – como onde há fumaça há fogo – o secretário foi afastado, sendo prontamente substituído.

Ressalte-se que os órgãos locais responsáveis pela investigação das denúncias, o Conselho Municipal de Saúde e o Poder Legislativo, fecharam-se num mutismo inexplicável. A Câmara de Vereadores de Macau atestou sua inoperância e subserviência quando convocou o antigo secretário para explicações, e na ocasião, ao invés de questionar, enalteceu uma das áreas quem mais apresentou problemas para a comunidade de Macau.

O novo titular da pasta da Saúde municipal foi saudado e recebido como o salvador da situação. Enaltecendo o administrador, o novo secretário disse que era um desafio na sua vida, e que, dentro do Projeto Macau 2020, pretendia executar ações que visassem ao bem da comunidade e dos usuários do sistema de saúde.

Macau está melhor? O cartaz acima desmente as palavras do chefe do executivo e do novo secretário. E, de forma perversa, condena os usuários menos favorecidos, aqueles que não têm planos de saúde, nem condições de pagar consultas, que é a imensa maioria da população de Macau.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Porque não ler a revista Veja

Acerca da matéria “Escolas ideológicas”
Por Fabiano de Oliveira Moraes em 03/01/2012 na edição 675
Na última semana do ano de 2011, a revista Veja publicou em seu site um conjunto de matérias intitulado “1000 fatos, imagens e ideias que marcaram 2011” e, dentre estes tantos fatos, imagens e ideias “marcantes”, um subgrupo de artigos apresenta por título “Escolas ideológicas”. O tema reúne cinco matérias sobre a presença da ideologia nas universidades brasileiras, em outras palavras, sobre a “ameaçadora” influência de ideologias opostas àquela dominante e hegemônica que há décadas vem sendo defendida, a unhas e dentes, pela própria revista Veja, dentre outros veículos da grande mídia e outros setores conservadores da sociedade. Como se a própria escola burguesa em sua constituição não fosse um aparelho ideológico do Estado, como nos alertou Althusser.
Delineamos abaixo algumas considerações sobre as cinco matérias acerca das “Escolas ideológicas”.
A primeira matéria, intitulada “A ideologização na UnB”, tem por chamada o tema “Madraçal no Planalto”.Vale iniciarmos destacando que o termo “madraçal” deriva de “madraço”: malandro, preguiçoso. O termo, assim como o artigo no todo, subalterniza e desqualifica a administração do reitor da UnB, sobre o qual se afirma haver sido eleito apenas por ter sido possibilitada a atribuição do peso dos votos dos alunos equivalente ao peso dos votos dos professores. Cabe ressaltarmos que as matérias aqui comentadas buscam silenciar ou desmerecer a voz dos alunos (com exceção da voz dos alunos que repetem o ponto de vista da Veja). No entanto, ao lembrarmos que a voz dos estudantes vem sendo há tempos desqualificada e considerada menor, cabe-nos a pergunta: até quando alunos universitários terão peso de voto inferior ao dos professores? Até quando as vozes de pessoas que: exercem direito de voto; elegem presidentes, governadores, deputados, senadores, prefeitos e vereadores; constituem historicamente o segmento que potencialmente imprime mudanças comportamentais na sociedade, e; propõem alternativas ao que se encontra estagnado,serão caladas, silenciadas? Jovens produzem devir e este é o grande risco para quem teme as profundas e urgentes mudanças de que nossa sociedade adoecida tanto necessita.
Bando de baderneiros
Uma das maiores indignações destacadas na matéria tem como razão os protestos e a resistência de estudantes e profissionais da UnB aos discursos reacionários de dois professores que se opõem ao sistema de cotas. E tudo é dito como se a ideologia reacionária contra as cotas e contra os votos dos alunos não tivesse nenhum cunho ideológico; como se a mesma não viesse sendo imposta continuamente e de modo violento sobre os excluídos; como se tal ideologia não calasse as vozes de tantos brasileiros e mesmo como se ela fosse, de fato, democrática. Pois essa ideologia, dominante e hegemônica, quase imperceptível, é considerada “não-ideológica” justamente por não produzir devir (em termos deleuzianos).
A dominação branca, europeia (norte-americana), adulta, elitista e masculina não precisa ser reafirmada. Ela simplesmente existe, precisando apenas calar as outras vozes para manter a sua supremacia. No entanto, quando essas outras vozes, sejam elas os devires de grupos étnico-raciais, de classes sociais desfavorecidas, de segmentos populares e de gênero, proferem sua fala através de protestos ou da defesa de direitos, como por exemplo, através do sistema de cotas, muito embora tais vozes tenham sido caladas por violências das mais diversas no decorrer da história, toda e qualquer discordância para com o discurso dominante é imediatamente considerada uma afronta, uma ameaça à pseudo-democracia excludente defendida por uma corrente ideológica que se autodenomina “não-ideológica”.
Diante de tais fatos, concordamos com o magnífico reitor José Geraldo Sousa Junior: “A Universidade de Brasília nunca foi tão aberta.” Parabéns à UnB por esta conquista.
A segunda matéria sustenta a subalternização e desqualificação do aluno representado, neste texto, pelo movimento estudantil da UNE, apresentando por título “A farra da UNE” e como chamada uma frase extremamente tendenciosa e preconceituosa: “Com a UNE filiada ao governo, eles bebem e você paga”. No artigo, o autor se posiciona contra o apoio governamental à instituição, chegando ao absurdo de insinuar que tal apoio se efetiva na forma da troca de bebidas por uma atitude servil dos estudantes para com o governo. A referência ao importante órgão estudantil se resume à alusão às bebidas e festas e se dá no sentido de desmerecer as lutas e propostas da UNE, calando, dessa maneira, a sua voz e reduzindo os estudantes filiados a um bando de baderneiros diante da opinião pública.
A suposta supremacia
A terceira matéria, intitulada “Coquetéis Molotov na USP” apresenta como linkde chamada a afirmativa: “PM encontra coquetéis molotov na reitoria da USP”. O artigo defende sem rodeios um Estado policial consolidado através de tecnologias biopolíticas de controle da população e de punição contra qualquer tipo de contestação, protesto ou voz que se apresente em desacordo com o discurso hegemônico defendido pela grande mídia e por segmentos reacionários da sociedade. A apresentação da ocupação da reitoria da USP pelos estudantes se resume, na matéria em questão, à desqualificação dos alunos ao descrever dentre os objetos encontrados na ocupação: jogos de carteado e garrafas, vinculando o estudante à malandragem (mais uma vez ao madraçal) assim como ao vandalismo, embora nos depoimentos dos próprios alunos a depredação da reitoria tenha sido promovida na sua ausência, justamente por aqueles que se destinavam a manter a ordem (o que não é considerado como possibilidade na matéria).
Além de calar mais uma vez a voz do segmento jovem da população,a Veja também se omite acerca da recente expulsão de seis alunos da USP por haverem promovido em março de 2010 um protesto através da retomada de um espaço anteriormente destinado à moradia estudantil. A expulsão foi justificada com base em um decreto do regimento da USP de 1972, escrito ainda sob a égide do AI-5. A decisão aponta para um pesado resquício de ditadura, também presente no que subjaz o argumento de defesa da presença de policiamento na Universidade assim como nas frequentes práticas de arapongagem realizadas no campus, como detalha a revista Caros Amigos deste mês.
Sob o título “A ideologia dos super-heróis”, a quarta matéria apresenta a seguinte chamada para o link: “Mistificação e boçalidade: prova de vestibular obriga alunos aresponder que super-heróis escondem supremacia dos brancos”. O artigo questiona a presença de uma imagem de super-heróis norte-americanos na prova do vestibular da Universidade Estadual de Londrina (UEL) enquanto: representantes da ideologia da nação estadunidense em sua autopropaganda de mantenedora da liberdade mundial e símbolos subliminares da crença da supremacia dos brancos, enquanto raça supostamente mais forte e inteligente face aos demais grupos étnicos do planeta.
A matéria mais uma vez nega a presença de uma ideologia no discurso hegemônico, desconsiderando os tantos trabalhos de especialistas que apontam, por exemplo, para a mesma ideologia de supremacia estadunidense representada na perfeição irretocável do camundongo Mickey, na assumida xenofobia do Pica-Pau e no inegável preconceito do Pernalonga. Além, é claro, de personagens como o Capitão América e os tantos heróis dos filmes hollywoodianos, como o soldado Rambo e o lutador Rocky, dentre outros que vêm sustentando a propaganda ideológica que defende uma suposta supremacia norte-americana, masculina e branca.
A palavra e os significados
Mais uma vez o descentramento presente nos devires “não-europeu” e “não-norte-americano” inerentes ao questionamento provocado pela prova de vestibular (e que condiz com conceitos que deveriam ser abordados e debatidos junto aos alunos brasileiros desde a mais tenra idade, sejam eles:o de indústria cultural e o de mecanismo de dominação ideológica) incomoda o que em si é considerado intocável e “não-ideológico”, posto encontrar-se entranhado nas palavras que nos circundam, no mercado que nos rege, nas leis, nos sistemas de pensamento e nas relações que nos constituem,e por esta razão ser equivocadamente considerado por muitos de seus defensores como algo inquestionável porque supostamente imaculado.
Por fim, a última matéria intitulada “A derrota nada elegante da esquerda na UnB” sobressai como uma vitória em relação às matérias anteriores que apresentam ameaças ao status quo, o último artigo é apresentado como uma possibilidade de esperança na juventude para os que tanto se incomodam com as vozes dos segmentos excluídos que, após séculos de silêncio, ousam colocar em xeque o que lhes (nos) vem sendo imposto. A chamada da matéria “Nova chapa do DCE da UnB ouve xingamentos em posse”, reitera, como era de se esperar, o lugar de baderneiros destinado àqueles que questionam o discurso hegemônico, e coloca no lugar de bons moços os representantes da chapa vencedora, uma nova diretoria que, por se declarar apartidária e não-esquerdista, estaria apta a romper com os “preconceitos ideológicos” leia-se: estaria apta a questionar as lutas pelas cotas e pela abertura às vozes não-hegemônicas. Além disso, a diretoria eleita propõe parcerias com empresas privadas, e auto-afirma estar para além dos “rótulos”. No entanto, cabe lembrar que grande parte dos rótulos vem sendo concedidos pelo próprio pensamento hegemônico que, ao demonizar ou subalternizar um grupo, um indivíduo, um saber, uma raça, uma cultura, concede ao termo cunhado, com o intuito de identificá-lo, uma (apenas uma) das muitas valências que este poderia receber, defendendo-a como “a verdadeira e a única valência possível” junto àqueles que cegamente seguem a grande mídia como um fiel ao seu aiatolá (com respeito aos fieis dos aiatolás, sei que poderia ter utilizado com a mesma potência metafórica as figura do pastor ou do padre, quis apenas fazer aludir à canção “Best Seller” de Raul Seixas e Marcelo Nova).
Esquecem-se eles da plurivalência inerente aos signos apontada por Bakhtin. Muitos dos rotulados, no entanto, sabendo que essa atribuição de rótulos é arbitrária, lutam em defesa de novas valências para as suas identidades, para os seus lugares sociais, o que incomoda profundamente os detentores do poder que veem ameaçados seus modos de significar, de atribuir e de constituir discursivamente e de modo monovalente e tendencioso o nosso mundo e as nossas relações.
Cabe-nos prosseguir em defesa de novos usos dessa arena de luta que é o signo, que são as palavras, como afirmou Bakhtin, na luta pelo discurso e através do uso do próprio discurso, como apregoou Foucault. Sigamos, pois, retomando a palavra e os significados que são nossos, pois nos definem e constituem as nossas subjetividades, o nosso mundo.
“Esse silêncio todo me atordoa/ Atordoado eu permaneço atento/ Na arquibancada pra a qualquer momento/ Ver emergir o monstro da lagoa.” (Cálice, Chico Buarque e Gilberto Gil)
***
[Fabiano de Oliveira Moraes é escritor e professor, Vitória, ES]
Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em 03/01/2012, 10:50